Sem dúvidas a saúde mental é um elemento essencial no meu trabalho. Ela conversa tanto com a minha experiência profissional quanto pessoal e permite que os horizontes se expandam em vários sentidos, mas principalmente, na realização de uma psicoterapia que vá para além do autocuidado e autoconhecimento.

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A dor e o sofrimento são sensíveis ao sentir. Exigem delicadeza no seu tratamento, mas sem perder o foco de uma melhora. Se deixar sentir é que é a verdadeira força, justamente porque é mais difícil e exige coragem. E isso envolve sim, às vezes, quando necessário, obter um diagnóstico correto e utilização de medicamentos para aplacar dores que, de tão fortes, impedem todos os outros sentidos e sentimentos que a vida oferece.

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Então, é preciso entender que a terapia também é um elemento imprescindível para tratamento de transtornos e prevenção de doenças mentais comuns aos tempos da nossa sociedade. Hoje, são frequentes quadros de depressão, transtornos de ansiedade, burnout, estresse pós-traumático, entre outros, que são acentuados e destacados na maneira como o mundo gira e exige das pessoas. Mais do que suprimento de necessidades, o capitalismo é cruel e formador do cenário atual de saúde mental.

Contudo, a terapia não é solução, é ferramenta. Assim como também não é só o medicamento que vai agir no problema, pois ele trata o sintoma. Da mesma forma que, se num mal-estar que causa febre deixar com que se atinja mais de 40ºC não pode ser uma opção, pois se corre risco de vida e de reter sequelas, apenas fazer compressas e tomar um antitérmico não ajuda a combater o problema real, pois a própria febre é um aviso de que algo está errado.

É preciso cuidar de todo o ser: fortalecer o sistema imunológico, garantir boa alimentação, cuidar para que o ambiente em volta esteja limpo e respirando bem, ter um bom acompanhamento profissional especializado, entender da própria doença, realizar o tratamento adequado e ter persistência para permanecer nele... tudo isso é saúde mental.